domingo, 12 de dezembro de 2010

Poison - Open Up And Say... Ahh! [1988]




Após aproveitarem o sucesso desfrutado com a estreia "Look What The Cat Dragged In", anteriormente postado aqui na Combe, o Poison entrou em estúdio com uma grande responsabilidade: repetir o sucesso com o debut.

Com mais bagagem ainda nas costas e experiência que conta e muito na hora de lançar um álbum, o quarteto apresentou "Open Up And Say... Ahh!" para o mundo no dia 3 de maio de 1988.

O segundo disco do grupo traz algumas mudanças significativas. A começar pela capa, mais agressiva, que não chama a atenção mais pelos integrantes totalmente adeptos ao visual Glam, mas pela capa considerável ofensiva e controversa por várias instituições e igrejas. De fato, a capa original foi censurada e passou apenas a exibir o olhar da coisa ruim que integrava o desenho.

A capa censurada

No bruto, "Open Up And Say... Ahh!" é menos relacionado com o Hair Metal que tanto estava em mídia no momento. Contém menos influências da Sunset Strip que já haviam abandonado para se tornarem grandes. traz mais elementos do Hard Rock tradicional de bandas como Aerosmith, Kiss e Van Halen.

Mas não espere que o amadurecimento do Poison tenha influenciado negativamente ou drasticamente: todos os elementos da boa música que os caras já apresentavam anteriormente ainda estão por aqui. Os riffs mágicos e os solos matadores de C.C. DeVille, a bateria habilidosa e criativa de Rikki Rockett, o baixo básico porém muito coeso de Bobby Dall, a voz carismática de Bret Michaels, os backing vocals que fazem toda a diferença, as composições e harmonias completamente festeiras... tudo está aqui, mas feito com mais coerência e identidade.

"Identidade" foi algo que "Open Up And Say... Ahh!" estabeleceu para o quarteto. Logo de cara já se percebe isso com uma música genuinamentePoison"Love On The Rocks" abre a bolacha com um riff intrigante e um andameneto básico porém capaz de arrastar multidões. E se o assunto é arrastar multidões, "Nothin' But A Good Time" logo chega para se estabelecer como a melhor da carreira deles para isso. Tem todos os ingredientes de um Hard Rock anthem: refrão grudento, riff espetacular, andamento apaixonante e ótimos vocais. Seu single foi responsável pela popularização do lançamento, ficando em 6° lugar nas paradas norte-americanas.

"Back To The Rocking Horse" não chama a atenção mas também não desagrada, mantendo C.C. como o destaque. "Good Love" e sua levada inspirada no Blues/Country, principalmente pela gaita pra lá de "beira de estrada", se destaca bastante das demais e mantém o nível do play bem alto."Tearin' Down The Walls", apesar das frases de guitarra interessantes, das boas linhas de bateria e da lírica interessante, tá na mesma de "Back...": não cativa nem perturba.


"Look But You Can't Touch" entra com um riff pesado e ótimos refrães, fazendo o ouvinte esquecer das duas anteriores que não prendem o ouvinte. Logo em seguida entra em cena a semi-balada "Fallen Angel", com harmonia invejável e belíssima, onde o destaque é novamente o inspiradíssimo DeVille. O single figurou na 12ª posição dos charts da Billboard e seu clipe recebeu bastante atenção.

"Every Rose Has Its Thorn", conhecidíssima por muitos, é uma das baladas mais belas e melancólicas do gênero. Além disso, é o maior sucesso do Poison, se mantendo no topo das paradas de singles consecutivamente por três semanas, e garantindo um vídeo-clipe que rodou até mandar parar na saudosa MTV.

Mais um hit-single em seguida (10° lugar nos EUA), mas dessa vez um cover: em "Your Mamma Don't Dance", clássico de Loggins And Messina, o quarteto pegou o espírito da canção e fez uma versão honrável, com uma levada gostosa e ótimo trabalho instrumental do grupo. "Bad To Be Good"mantém o nível excelentemente e é a canção que fecha o play originalmente, lembrando bastante o antecessor "Look What The Cat Dragged In", mas com um 'quê' de Aerosmith em sua melodia.

A ótima bônus "Livin' For The Minute", rockão simples porém certeiro, fecha o álbum com chave de ouro. Aliás, com cinco chaves de platina, já que"Open Up And Say... Ahh!" recebeu disco quíntuplo de platina por ultrapassar, em três anos, a marca de 5 milhões de cópias vendidas apenas na terra do Tio Sam. Além disso, entraram em turnê com o grande David Lee Roth mas perceberam que já poderiam se tornar a atração principal, então viajaram pelo mundo como headliners até o fim de 1989.

No mais, esse play se trata de um clássico incontestável. Merece a baixada e a(viciante) audição!

01. Love On The Rocks
02. Nothin' But A Good Time
03. Back To The Rocking Horse
04. Good Love
05. Tearin' Down The Walls
06. Look But You Can't Touch
07. Fallen Angel
08. Every Rose Has Its Thorn
09. Your Mama Don't Dance (Loggins And Messina cover)
10. Bad To Be Good
11. Livin' For The Minute

Bret Michaels - vocal, violão, gaita
C.C. DeVille - guitarra, violão, teclados, backing vocals
Bobby Dall - baixo, backing vocals
Rikki Rockett - bateria, percussão, backing vocals



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