domingo, 12 de dezembro de 2010

Iron Maiden - Raising Hell [1993]




Aproveitando que a Donzela de Ferro anunciou sua nova turnê essa semana, incluindo datas em seis cidades brasileiras – número recorde entre todas as suas passagens pelo país, como deixamos claro na Van do Halen, que acompanhou a divulgação em cima do lance – vamos trazer um dos momentos mais marcantes e tensos da história da banda. EDIT: Informação exclusiva da Van - sétima data anunciada!

Filmado no Pinewood Studios, em Londres, Raising Hell foi o ultimo show do Iron Maiden com Bruce Dickinson nos vocais até o seu retorno, seis anos mais tarde. A apresentação foi transmitida ao vivo em sistema pay-per-view para toda a América do Norte. Mais tarde, foi comprada pela britânica BBC e exibida de maneira editada em vários países, inclusive o Brasil, que assistiu na Rede Bandeirantes – que mostrou vários shows bacanas na primeira metade da década de 1990. Contando com a participação especial do ilusionista especializado em números de terror, Simon Drake, o concerto envolveu uma superprodução desenvolvida especialmente para a ocasião.


Entre os truques realizados por Drake com seus assistentes, estava Dave Murray tendo suas mãos decepadas e Bruce sendo assassinado no final do show – algo que os outros membros da banda gostariam de fazer de verdade naquele momento. Apesar de serem bem interessantes do ponto de vista dramático, as atrações do ilusionista acabavam quebrando demais o ritmo do concerto, tornando tudo um tanto quanto cansativo. É legal assistir uma, duas, quiçá três vezes. Mas depois vai ficando chato de rever – a não ser que você seja um fanático por esse tipo de truque. Portanto, aqui vai um arquivo de áudio apenas com o que realmente interessa, ou seja, as músicas executadas pelo quinteto.

De cara, podemos notar que uma acusação feita por Steve Harris à época era pra lá de verdadeira. Dickinson não estava se esforçando tanto quanto o resto do grupo, o que fica claro em algumas linhas vocais pra lá de desleixadas. Menos de um ano mais tarde ele estava soltando a garganta em sua carreira-solo como nos velhos tempos. Da mesma forma, ouvir Janick Gers reproduzindo alguns solos de Adrian Smith pode fazer com que os mais conservadores tenham vontade de largar de mão. Mas são pormenores para quem realmente tem a curiosidade de ouvir uma das maiores bandas da história em um momento que seria divisor de águas, encerrando sua fase mais gloriosa.
Destaques para a sempre espantosa “The Evil That Men Do” (com Simon Drake introduzindo) e “The Clairvoyant”, fazendo a dobradinha de Seventh Son logo de cara. “From Here to Eternity” teve sua parte pós-primeiro refrão até solo tocada apenas com Janick na guitarra, enquanto Dave era ‘mutilado’. A trinca que fecha o show, com “Sanctuary”, “Run to the Hills” e “Iron Maiden” deixa a platéia em êxtase. Nessa, o vocalista se despede de maneira diferente do usual, acrescentando um ‘from myself, Bruce Dickinson’ à tradicional saudação de encerramento. Na seqüência, foi morto – de brincadeirinha, é claro.

Bruce Dickinson (vocals)
Dave Murray (guitars)
Janick Gers (guitars)
Steve Harris (bass)
Nicko McBrain (drums)

01. Be Quick or Be Dead
02. The Trooper
03. The Evil That Men Do
04. The Clairvoyant
05. Hallowed Be Thy Name
06. Wrathchild
07. Transylvania
08. From Here to Eternity
09. Fear of the Dark
10. The Number of the Beast
11. Bring Your Daughter... to the Slaughter
12. 2 Minutes to Midnight
13. Afraid to Shoot Strangers
14. Heaven Can Wait
15. Sanctuary
16. Run to the Hills
17. Iron Maiden




Para descompactar ambas tem que serem baixadas.


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