domingo, 12 de dezembro de 2010

AC/DC - Let There Be Rock [1977]




Todos sabemos que dentro do mundo rocker há desavenças entre seguidores dos mais variados estilos, que não suportam o estilo musical alheio e que sempre entram em discussões intermináveis sobre qual deles é o melhor. Mas mesmo entre essas desavenças, os sensacionais australianos do AC/DC conseguiram estabelecer uma unanimidade incrível, que não importa quem escute seja punk, poser, troo ou headbanger, todos estes concordam que esta é uma das bandas mais importantes (senão a maior) que estão em atividade até os dias de hoje.

Influência garantida de quase todas as bandas de hard que surgiram após eles, conseguem com o passar dos anos e mesmo lançando discos que seguem a mesma linha desde seu início de carreira, conquistar novas gerações de roqueiros. É só aparecer uma nova banda que dê primazia ao riffs marcantes e gritantes que já os descrevem como um "novo AC/DC". Mas tudo isso realmente é mais que merecido, pois não existe banda alguma que vista a camisa do rock n' roll como eles.

Apesar de assim como todo grupo eles terem seus momentos menos inspirados, fica difícil escolher qual disco deles é melhor, mais animal, que mais chuta traseiros e assim por diante. Como é praticamente impossível se definir nisso, irei postar o disco que na minha opinião tem as músicas mais empolgantes apresentadas por este brilhante quinteto. Contendo em sua formação o saudoso Bon Scott nos vocais e o baixista que foi o membro da primeira formação estável do grupo Mark Evans, "Let There Be Rock" é uma aula de rock n' roll, aonde em apenas quarenta minutos tudo vai literalmente ao chão, com o som poderoso apresentado aqui.


Com Bon Scott inspiradíssimo e Angus Young incendiário, é impossível que se faça algo ruim. E nesse disco não há a possibilidade de se dar destaques ou cometer o sacrilégio de dizer que há uma canção ruim. Não meu amigo, aqui temos rock n' roll em seu estado bruto e no que melhor pode ser apresentado, onde as influências dos blues são latentes e os solos e riffs memoráveis que o grupo sempre apresentam estão aqui, para arrancar um sorriso de orelha a orelha de qualquer um que se julgue roqueiro.

Como já dito, não existem destaques a serem dados, mas irei citar as canções que mais gosto para não me alongar ainda mais nesse texto. A trinca inicial é algo que não é recomendável para quem seja cardíaco. "Go Down" e "Dog Eat Dog" tem energia de sobra e mostram que se você gosta de rock calminho ou música para acalmar, esse disco não é para você amigão. O hino"Let There Be Rock" com sua pegada nervosa é uma celebração ao rock e sugere como foi a criação do mesmo, música em que fica improvável não quebrar o pescoço em sua execução.

Se a trinca inicial é de dar taquicardia, a dobradinha que finaliza esse disco é para matar nego do coração. "Hell Ain't a Bad Place" com seus riffs cortantes e refrão que está entre os mais sensacionais da carreira do grupo é a predileta desse que vos escreve e devia ser ensinada na escola, e essa geração zuada de coloridos ia pro espaço! "Whole Lotta Rosie" finaliza com maestria, com uma letra engraçada e baseada em fatos reais que o vocalista Bon Scott viveu e que vai arrancar boas risadas.

Um disco indicado para quem quer rock de verdade e quer animar dias em que tudo está errado. Essencial, assim como qualquer disco do AC/DC.


                                     http://www.multiupload.com/D6LGZKPFUV

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